Vila Franca de Xira situa-se na margem direita do Rio Tejo, a cerca de 30 quilómetros de Lisboa, pertencendo a este Distrito e Diocese. Tem cerca de 25 mil habitantes que se espalham pela malha urbana, sendo a área das Lezírias uma zona rural muito menos ocupada, mas não de menor interesse.
Além da população urbana, existem grupos etnicamente definíveis, autóctones ou aqui estabelecidos há longas décadas. Os campinos, trabalhadores rurais das lezírias, são um dos mais identificativos de Vila Franca. Têm como principais funções conduzir gado bravo e o seu nome “campinos” tem origem nas campinas, ou seja, nas lezírias. Existem ainda os varinos, população piscatória, originária de Murtosa, Ovar e Meruge, bem como os avieiros, outra população piscatória, originária de Vieira de Leiria.
As lezírias produzem muito trigo, cevada e milho, mas também girassol, tomate, melão e o tradicional arroz carolino, tão tipicamente ribatejano. Cria-se também muito gado bovino e cavalar.
No rio Tejo pesca-se abundantemente a fataça, o linguado e o sável. Em tempos, pescou-se também outras variedades de peixe e marisco, como o achigã e o lagostim, de tal modo que D. Manuel I e João V deram privilégios especiais aos pescadores de Vila Franca.